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Guariroba


Nome popular: pati-amargosoi coqueiro-amargoso; gueroba

Nome científico: Syagrus oleracea (Mart.) j Becc

Família botânica: Palmae

Características da planta: Palmeira de estipe ereto, podendo atingir até 20 m de altura, copa crispada e deflexa. Folhas grandes de até 3 m de comprimento. Flores surgem em cachos durante a primavera até o outono.

Fruto: Em cachos, de coloração verde-amarelada, com uma amêndoa branca oleaginosa comestível. Frutifica de outubro a fevereiro. Cultivo: O cultivo desta palmeira é por sementes, embora cresça espontaneamente nas matas do Sudeste do Brasil. Prefere regiões de clima quente e solos bem drenados.



A guariroba, palmeira nativa do Brasil que fornece o coco-guariroba, é bastante freqüente em uma área não contínua que abrange desde a Bahia até São Paulo, passando por Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

De acordo com Harri Lorenzi, a guariroba é planta característica das matas mais secas, florestas em que as folhas das árvores caem gradativamente, podendo ser encontrada tanto na Caatinga como no Cerrado, sempre em grandes agrupamentos e associada a outras espécies vegetais. Porém, a guariroba - ou gueroba, como é mais conhecida - por seu porte elegante, de estipe fino e reto, é palmeira que se destaca, por excelência, na paisagem plana dos campos goianos.

Nos campos, a ocorrência da guariroba é indício seguro de terra fértil. Mais do que isso, dessa palmeira o homem e a criação aproveitam quase tudo. Suas folhas verdes são fartamente consumidas pela criação. Seus coquinhos, quando amadurecem e caem, são importante complemento na alimentação do gado. Deles, também, a população nativa retira as amêndoas, aproveitadas na produção de doces caseiros. Além disso, dessa amêndoa, que contém mais de 60% de matérias graxas, extrai-se um abundante e excelente óleo comestível e de notada utilidade na indústria de sabões.

Porém, entre todos os produtos extraídos da guariroba, destaca-se o seu palmito ou broto terminal. Considerado por muitos como verdura de sabor amargo - o que de fato é quando comparado aos palmitos doces das espécies da Mata Atlântica -, o palmito da guariroba é uma iguaria de largo aproveitamento culinário. Especialmente em algumas regiões de Minas Gerais e de Goiás.

Nas boas receitas de empadão goiano, por exemplo, acompanhamento perfeito para o colorido arroz com pequi, é fundamental a inclusão de bons nacos do palmito amargo da guariroba. Alimento substancial e de tempero bem forte, o recheio desse empadão, juntamente com a guariroba, deve conter pedaços de frango, de preferência coxas, linguiças, batatas e ovos cozidos inteiros ou apenas partidos ao meio, e tomates maduros.

Pio Corrêa informa que o amargo do palmito da guariroba desaparece facilmente, bastando para isso aferventá-lo com um pouco de bicarbonato de sódio. Mas quem já provou sabe como é fundamental no empadão goiano aquele leve sabor amargo da guariroba, sentido bem no fundo do refogado, misturado aos outros ingredientes e ao especial tempero local.

Bastante respeitada pela população da região, que não tinha o costume de derrubar as guarirobas apenas para aproveitar seu gostoso palmito amargo, nos últimos 30 anos, com a transformação das matas em terras para cultivo e pastagens, essas palmeiras foram se tornando mais escassas. Mesmo com a fiscalização do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que proíbe a extração do palmito nativo.

Para reverter a situação, e não ficar sem a deliciosa iguaria, alguns proprietários de terras começaram a cultivar a guariroba para o consumo familiar. Sendo planta de fácil cultivo e bom aproveitamento, tais plantações transformaram-se, rapidamente, em bons negócios. A principal e indispensável providência para quem quer cultivar a palmeira guariroba, tendo em vista o aproveitamento de seu palmito, é obter uma licença do IBAMA que, entre outras coisas, exige a preservação de 20% da mata natural da propriedade.

Data Edição: 15/02/2007
Fonte: Informe News
Raphael Chespkassoff

Raphael Chespkassoff

Publicitário, fotógrafo e amante da natureza. A ideia deste blog é realizar a troca de experiências e informações.

Um comentário:

  1. como saber se a semente esta boa para plantar
    pois as que eu abri todas tem coró dentro
    aguardo
    por favor se poder me enviar por mail agradeço
    rose.pva@hotmail.com

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